[RP Fechada] Uma amizade improvável
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[RP Fechada] Uma amizade improvável
Rp Fechada - Uma amizade improvável
RP fechada, que começará com o post de Meera Bolton. Participam Dorian Mormont e Meera Bolton, se tratando de um flashback, uma visita feita pelo lorde Urso pouco tempo após a perda da frota do Norte, além de buscar visitar a amiga, sussurros descontentes daquele que provavelmente será o mais afetado desta falha do lobo.
Dorian Mormont- Lord
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Re: [RP Fechada] Uma amizade improvável
O sol despontava, ténue e quase desvanecido sobre a linha do horizonte, erguendo-se acima das terras que lhe pertenciam e banhando com a fraca luz que era capaz de trespassar a densa condensação que se mantinha no céu cinzento como se se tratasse de um aglomerado, de um manto discolor que cobria tudo e todos nas terras inerentes ao Forte do Pavor e, provavelmente, que cobria também todo o Norte, ou, pelo menos, grande parte do mesmo. De facto, tudo aquilo que poderia observar através dos vitrais das janelas do Forte do Pavor era incrível e confortavelmente desprovido de cor, agradando a vista da jovem mulher por mais que tal não chegasse a ser transmitido na expressão dura e sempre fleumática que esta portava, enfrentando assim o mundo e todos aqueles que tinham o desprazer de cruzar a sua presença.
Meera nunca fora uma apreciadora inata dos períodos matutinos; o alvor das horas em que a noite não era noite, porém, o dia não se apresentara ainda a todos aqueles que viveriam para o encontrar era muito mais do seu agrado, uma combinação requintada que espelhava ostensivamente a sua compleição sanguinária e irrascível. Todavia, os deveres de alguém que carregava sobre os ombros alvos um título como o seu eram incontornáveis traçando assim, com uma linha fina e cuidada, a sua sina - do mesmo modo que a mão de dedos esguios e dotados da firmeza de quem não possuía em si um resquício de hesitação ou incerteza desenhava, com uma caligrafia digna de admiração e deferência, as conjunções e proposições que viriam a formar frases integrais, uma declaração formal da palavra e vontade da nobre Lady do Forte do Pavor. E o que tratava a nobre milady? Nada que valesse a menção, assuntos tão corriqueiros quanto dignos de enfastiar qualquer um: uma assinatura no pergaminho que listava as contas relativas aos impostos das terras pertencentes ao seu domínio, uma resposta sucinta e sempre com uma educação de tamanha polidez que era como um fragmento de vidro, reluzente mas lancinante como tal. Alguns decretos eram, por si, escritos, determinando assim que um receberia o número de homens Bolton que requeria para manter a sua aldeia segura dos saqueadores que atravessavam as terras, e que outros teriam direito a uma carga previamente definida de suprimentos para que a criação de gado desse resultados vindouros, negociando, assim, uma taxa maior na cota que seria exigida por parte da Senhora. Assuntos que podiam qualquer um a dormir, ainda mais, a uma hora daquelas.
Embora fosse grande a tentação de trocar as incumbências por atividades mais… recreativas, por assim dizer, a morena prosseguiu até que mais nenhum papel se encontrasse defronte de si, a pena descansando, enfim, sobre o tampo de madeira entalhada pelos melhores carpinteiros do reino - dote pertencente à Casa há mais tempo do que aquele que a regente seria capaz de determinar. A mão que descansara durante todo aquele frenesim foi convocada a assumir a primazia nos seus movimentos seguintes, deixando que a outra repousasse, por fim. Desse modo, os dedos esguios alcançaram, desta vez, o cálice trabalhado num grosso emboço de vidro, os brasões do Homem Esfolado estrategicamente se posicionando sobre o seu toque, à medida em que a mão rodeava o objeto com uma gentileza que era o completo oposto do seu caráter.
O líquido escarlate deslizou pelos lábios de um tom surpreendentemente semelhante; quem a observasse sem conhecer o conteúdo do recipiente chegaria até mesmo a julgar que era o sangue daquele que a Lady Bolton esfolara anteriormente a descer pela sua traqueia, pintando tanto os lábios quanto a língua e tudo o que encontrava à sua passagem com a mesma cor doentia e hedionda, cor de sangue, cor que este partilhava com o doce aroma exalado pelo vinho que ingeria. Claro que Meera Bolton nunca seria capaz de um ato tão cruento quanto o que aquela presunção afirmava: beber o sangue de outrém, de um ser humano, ainda por cima… Ainda assim, havia uma razão pela qual a Dama Carmesim fora apelidada com tal alcunha.
Apreciava o elixir de uma doce amargura - termo com que a condição fundamental e impreterível que era a vida em si poderia ser caracterizada, por muitos -, a satisfação espelhada no rosto de feições tão angelicais mas, em simultâneo, tão degeneradas por uma índole tão questionável - ou, talvez, simplesmente pela ausência dessa mesma índole. Infelizmente para si, a satisfação tinha os instantes contados e não tardou muito até que a viessem notificar relativamente à chegada de um convidado especial, convidado esse que a Lady do Forte do Pavor esperara receber naquele dia, mas não tão cedo. Então, ao saber que o mesmo já se encontrava a adentrar o Forte e ciente da distância que separava o ponto onde se encontrava no presente momento - a pequena sala no topo da torre mais alta de toda a edificação - e os portões do castelo, mandou que deixassem o mesmo entrar livremente, dessem todas as condições que uma boa anfitriã se disporia a prover, e o conduzissem pessoalmente até às sua localização atual, para que assim pudessem levar a cabo as conversações que tinham levado à origem daquele evento.
「R」Meera nunca fora uma apreciadora inata dos períodos matutinos; o alvor das horas em que a noite não era noite, porém, o dia não se apresentara ainda a todos aqueles que viveriam para o encontrar era muito mais do seu agrado, uma combinação requintada que espelhava ostensivamente a sua compleição sanguinária e irrascível. Todavia, os deveres de alguém que carregava sobre os ombros alvos um título como o seu eram incontornáveis traçando assim, com uma linha fina e cuidada, a sua sina - do mesmo modo que a mão de dedos esguios e dotados da firmeza de quem não possuía em si um resquício de hesitação ou incerteza desenhava, com uma caligrafia digna de admiração e deferência, as conjunções e proposições que viriam a formar frases integrais, uma declaração formal da palavra e vontade da nobre Lady do Forte do Pavor. E o que tratava a nobre milady? Nada que valesse a menção, assuntos tão corriqueiros quanto dignos de enfastiar qualquer um: uma assinatura no pergaminho que listava as contas relativas aos impostos das terras pertencentes ao seu domínio, uma resposta sucinta e sempre com uma educação de tamanha polidez que era como um fragmento de vidro, reluzente mas lancinante como tal. Alguns decretos eram, por si, escritos, determinando assim que um receberia o número de homens Bolton que requeria para manter a sua aldeia segura dos saqueadores que atravessavam as terras, e que outros teriam direito a uma carga previamente definida de suprimentos para que a criação de gado desse resultados vindouros, negociando, assim, uma taxa maior na cota que seria exigida por parte da Senhora. Assuntos que podiam qualquer um a dormir, ainda mais, a uma hora daquelas.
Embora fosse grande a tentação de trocar as incumbências por atividades mais… recreativas, por assim dizer, a morena prosseguiu até que mais nenhum papel se encontrasse defronte de si, a pena descansando, enfim, sobre o tampo de madeira entalhada pelos melhores carpinteiros do reino - dote pertencente à Casa há mais tempo do que aquele que a regente seria capaz de determinar. A mão que descansara durante todo aquele frenesim foi convocada a assumir a primazia nos seus movimentos seguintes, deixando que a outra repousasse, por fim. Desse modo, os dedos esguios alcançaram, desta vez, o cálice trabalhado num grosso emboço de vidro, os brasões do Homem Esfolado estrategicamente se posicionando sobre o seu toque, à medida em que a mão rodeava o objeto com uma gentileza que era o completo oposto do seu caráter.
O líquido escarlate deslizou pelos lábios de um tom surpreendentemente semelhante; quem a observasse sem conhecer o conteúdo do recipiente chegaria até mesmo a julgar que era o sangue daquele que a Lady Bolton esfolara anteriormente a descer pela sua traqueia, pintando tanto os lábios quanto a língua e tudo o que encontrava à sua passagem com a mesma cor doentia e hedionda, cor de sangue, cor que este partilhava com o doce aroma exalado pelo vinho que ingeria. Claro que Meera Bolton nunca seria capaz de um ato tão cruento quanto o que aquela presunção afirmava: beber o sangue de outrém, de um ser humano, ainda por cima… Ainda assim, havia uma razão pela qual a Dama Carmesim fora apelidada com tal alcunha.
Apreciava o elixir de uma doce amargura - termo com que a condição fundamental e impreterível que era a vida em si poderia ser caracterizada, por muitos -, a satisfação espelhada no rosto de feições tão angelicais mas, em simultâneo, tão degeneradas por uma índole tão questionável - ou, talvez, simplesmente pela ausência dessa mesma índole. Infelizmente para si, a satisfação tinha os instantes contados e não tardou muito até que a viessem notificar relativamente à chegada de um convidado especial, convidado esse que a Lady do Forte do Pavor esperara receber naquele dia, mas não tão cedo. Então, ao saber que o mesmo já se encontrava a adentrar o Forte e ciente da distância que separava o ponto onde se encontrava no presente momento - a pequena sala no topo da torre mais alta de toda a edificação - e os portões do castelo, mandou que deixassem o mesmo entrar livremente, dessem todas as condições que uma boa anfitriã se disporia a prover, e o conduzissem pessoalmente até às sua localização atual, para que assim pudessem levar a cabo as conversações que tinham levado à origem daquele evento.
Meera Bolton- Lady
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