{FP} - Arryn, Rowenna

Idade: 26 anos
Cargo: Princesa
Grupo: Reino da Montanha e do Vale
Estado Civil: Solteira
Religião: Fé dos Sete
Títulos: -x-
Habilidades: Argumentação, Política, História
Atributos:
Agilidade: 3
Força: 3
Força de vontade: 4
Inteligência: 8
Persuasão: 8
Resistência: 4


Os olhos de Rowenna se abriram em um ímpeto, sendo invadidos pela luz enquanto a garganta ansiava pelo ar, forçando o peito a subir e descer em um ritmo irregular. Sentou-se com rapidez, olhando ao seu redor, certificando-se de que ainda estava em seu quarto, ao mesmo tempo que sua respiração começava a se reajustar à realidade pós-pesadelo. Ouviu duas batidas à porta que não foram registradas em sua mente, focada como estava em esquecer o que havia visto, mesmo quando os olhos começavam a arder, um sinal de que as lágrimas ameaçavam irromper a qualquer momento. Toc. Se aquilo fosse verdadeiro... Toc. Teriam os deuses lhe agraciado com o dom da visão futura? Toc. Visto o que se apresentara para ela, parecia mais uma maldição. Toc.

— Em nome dos Sete, entre! — Levou as mãos à cabeça, que começava a doer. O ranger da porta soou alto demais, fazendo com que a Arryn se encolhesse, fragilizada como uma presa que sabe que o predador está à espreita.

— Perdoe-me, alteza. Preciso saber em que momento tomará seu banho, para que eu possa iniciar os procedimentos. — As lágrimas caíram, desenhando seu caminho pelo rosto da princesa e indo de encontro ao lençol abaixo de si. Não conseguiu segurar o soluço que se seguiu, o medo tomando o caminho mais rápido para deixar seu corpo, que começou a tremer de forma fraca. A ama se aproximou e a envolveu com os braços, mas Rowenna ainda conseguia sentir sua hesitação ao fazer aquilo. — Acalme-se, princesa. Respire fundo de acordo com a minha contagem, tudo bem? — A mulher começou a enunciar os números de forma tranquila, passando confiança à filha de Saermyn, que tentava inspirar e expirar profundamente, falhando algumas vezes no procedimento. Após algumas tentativas, no entanto, já era capaz de falar.

— Perdoe-me por esse pequeno espetáculo, não tenho a intenção de deixá-la desconfortável. — Olhou para a serva pela primeira vez após esta lhe soltar, os olhos inchados e vermelhos gravando algumas de suas características, como a expressão gentil, a pele beijada pelo sol e os cabelos loiros. A outra sorriu como se estivesse um pouco confusa, unindo as mãos em frente ao corpo de forma contida. — Creio que a curiosidade deva ser-lhe inerente após esta cena. — Uniu suas forças para que tentasse achar graça na situação, sua personalidade gentil sempre em busca de dar conforto aos outros.

— Se me permite, senhora, por que chora? O dia apresenta-se de forma maravilhosa à sua frente, não é ocasião para tristeza. — Pobre mulher, se acaso ela soubesse... Se tivesse visto seu pesadelo, testemunharia a  raiva em Saermyn, que tomava os contornos da loucura em seus olhos, perceberia a rapidez e firmeza nas mãos dele enquanto bradavam a espada que decapitaria seu grande amor, o Rei do Norte, e então ela saberia que aquela demonstração de emoção não se referia a tristezas gerais ou específicas. Eram sinais do mais puro temor. Seu coração doía com a possibilidade da indisposição entre seu pai e Brandon evoluir de forma que alcançasse um clímax trágico que levaria à deflagração de uma guerra que não mais se faria por meio de sussurros. Seria regida por gritos de guerra e barulhos de armas sendo desembainhadas. Seria um caos.

Rowenna suspirou e se ergueu, começando a se despir. Aceitaria o banho como uma distração para sua mente que ousava encher-lhe com as mais mirabolantes ideias.

Não é fácil para uma princesa estar dividida entre seu amor e sua família. Foi com grande agrado que vi, em sua escrita impecável, a confusão que está no coração de Rowenna por eventos que, talvez um dia, acontecerão. Por isso mesmo, digo que sua ficha está aceite. Agora, está livre para pedir seus Dotes Iniciais e começar a postar.